Presença desses insetos na cidade garantem a polinização, a produtividade agrícola e o sustento de aves e mamíferos
Tornar a capital paulista arborizada e florida para garantir a produtividade agrícola, além do sustento de aves e mamíferos. Foi com esse objetivo que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sancionou a Lei nº 17.837/2022 que prevê a prioridade do plantio de espécies que atraem abelhas.
Segundo técnicos da Secretária Municipal do Verde e Meio Ambiente, entre as plantas ornamentais que deverão ser plantadas prioritariamente em atendimento à nova legislação são: lírio amarelo, lavanda, manjericão, papoula, jabuticaba e onze horas, assim como quaresmeira, tomilho, orelha de onça sálvia, borragem, açafrão, ranúnculo, aster, malva, calêndula, girassol mexicano, guaco, coentro, erva-de-gato, funcho e mirra. Espécies como aroeira branca, ipê-amarelo, cedro, paineira, pitangueira e embaúba branca são algumas das arbustivas que garantem a presença das abelhas nos jardins, praças e canteiros.
Segundo o autor do projeto que originou a Lei, o vereador Aurélio Nomura, as abelhas são essenciais para a proteção ambiental. “Mesmo sendo importantes, em razão da poluição e da perda da biodiversidade, elas são cada vez menos comuns, principalmente nas áreas urbanas”, justificou o parlamentar.
Polinização
As abelhas são fundamentais para a sobrevivência de muitas espécies de plantas, para o aumento da produtividade agrícola e o sustento de aves e mamíferos, que se alimentam de frutas e sementes em todo o mundo. Sem elas, a vegetação seria completamente reduzida, já que cerca de 80% das plantas se reproduzem por meio da polinização.
As abelhas dão sua contribuição para a economia produzindo, além do mel, produtos como cera, própolis e pólen apícola. São responsáveis pela produção de aproximadamente dois terços de alimentos ingeridos.
Revisão PDE
A Lei nº 17.837 também prorroga o prazo de conclusão da Revisão Intermediária do Plano Diretor Estratégico (PDE) para 31 de dezembro deste ano. Essa é a data-limite para que o Executivo encaminhe à Câmara Municipal a proposta de revisão do Plano Diretor Estratégico, a ser elaborada de forma participativa. A íntegra da Lei está publicada no Diário Oficial da Cidade.
Com isso, uma série de atividades participativas tem sido organizada com a população para debater eventuais ajustes no Plano Diretor. A Prefeitura reabriu, em 4 de julho, a Consulta Pública sobre o Plano Diretor no site Participe+ para ouvir a sociedade sobre os limites e temas prioritários da Revisão, além de colher contribuições.
Também é possível acompanhar o novo cronograma de atividades da Etapa 1 da Revisão Intermediária do PDE, disponível no site do Plano Diretor. O calendário prevê a continuidade da realização de Oficinas Presenciais por subprefeitura, Audiências Temáticas Noturnas virtuais e Reuniões Vespertinas virtuais com segmentos da sociedade civil.