Prática ativa metabolismo das plantas e reduz ponto de congelamento (Foto: Shutterstock)
Com a queda das temperaturas já observada neste final de outono e que tende a se intensificar no inverno, cresce a preocupação dos agricultores com suas plantas, principalmente de hortifrútis. As ondas de frio e as geadas típicas desta época gelada do ano podem causar sérias perdas aos produtores que não acompanharem as previsões meteorológicas nem adotarem medidas preventivas.
Nas regiões Sul e Sudeste, uva e pêssego estão entre as culturas mais afetadas pelas geadas, que queimam os tecidos, com consequente redução da produtividade. Entre as práticas que se destacam para mitigar os estresses fisiológicos decorrentes do fenômeno climático, que compromete o desenvolvimento das plantas, destaca-se a aplicação preventiva de aminoácidos durante o período de outono e inverno, antes do declínio da temperatura.
Segundo o engenheiro agrônomo e PhD em Ciências do Solo, Marcos Revoredo, o fornecimento de aminoácidos à planta ativa ou acelera o metabolismo dela. “Esses nutrientes contribuem para aumentar a temperatura interna do conteúdo celular e reduzir o ponto de congelamento. Desta forma, é possível minimizar os impactos da baixa temperatura e da geada”, afirma.
A aplicação preventiva de aminoácidos durante o período de outono e inverno auxilia a acelerar o metabolismo da planta e, consequentemente, minimiza o estresse causado pelas baixas temperaturas. Foto: Shutterstock
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Para potencializar os resultados da aplicação, a recomendação do especialista é associar os aminoácidos a nutrientes como cálcio, magnésio e boro. Em complemento à nutrição adequada para suportar as adversidades climáticas das estações mais frias do ano, Revoredo ressalta a importância de estratégias de manejo, como irrigação noturna, aquecimento do ambiente e a cobertura de plástico.
“Combinando biotecnologia e práticas de manejo, os produtores conseguem proteger melhor suas culturas e reduzir os prejuízos causados pelas adversidades climáticas do inverno”, conclui o engenheiro agrônomo.
