Parceria entre Yara e PepsiCo, anunciada na COP30, reforça o papel do Brasil como protagonista na transição para uma agricultura de baixo carbono e exemplifica o avanço da indústria rumo a um sistema alimentar mais sustentável (Foto: Divulgação/Yara)
Em um movimento para descarbonizar a agricultura brasileira, a Yara Brasil e a PepsiCo anunciaram durante a COP30 uma parceria para reduzir em até 40% a pegada de carbono na produção de batatas destinadas as mais famosas marcas de batatas chips no mercado.
A iniciativa leva ao campo fertilizantes produzidos com amônia de menor emissão, produzido a partir de biogás, e energia renovável, capazes de gerar entre 60% e 90% menos emissões de gases de efeito estufa (GEE) em comparação aos insumos convencionais fabricados a partir de gás natural.
A aliança entre uma das maiores empresas de nutrição de plantas do mundo e uma gigante global de alimentos e bebidas chega ao Brasil como parte de um programa regional da PepsiCo na América Latina, já implementado em países como México, Colômbia, Chile e Argentina.
O projeto-piloto brasileiro envolve seis produtores e cerca de 100 hectares de cultivo de batata no Paraná, com apoio técnico, incentivo às práticas regenerativas e subsídios para a aquisição dos novos fertilizantes.
“Hoje celebramos um passo importante na jornada por uma agricultura mais sustentável, para levar fertilizantes de menor pegada de carbono à produção de batatas para snacks no Brasil”, afirmou Marcelo Altieri, CEO da Yara Brasil.
“Essa colaboração reforça nossa convicção de que a descarbonização da agricultura só é possível com união de forças: produtores, indústria e empresas trabalhando juntos para transformar o sistema alimentar”.
A Yara, que tem o compromisso de atingir neutralidade climática até 2050, vem ampliando parcerias em cadeias como café, cacau e citros para acelerar a adoção de práticas regenerativas no campo.
“Estamos ampliando a oferta para que mais empresas possam descarbonizar sua produção a partir do fertilizante. Precisamos acelerar essa transformação, sem onerar o agricultor – pelo contrário, rentabilizando-o também pelo seu ativo ambiental”, completou Altieri.
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Do lado da PepsiCo, a iniciativa está integrada à plataforma global da companhia, que orienta a atuação com foco em sustentabilidade, cuidado com o planeta e bem-estar das pessoas.
“Acreditamos que a Agricultura Positiva – nossa ambição de apoiar práticas agrícolas regenerativas, fornecimento sustentável e melhoria dos meios de subsistência – será fundamental para atender à crescente demanda por alimentos à medida que a população mundial aumenta, ao mesmo tempo em que aborda a necessidade de proteger e melhorar nossos recursos naturais e promover o bem-estar humano”, disse Paula Santilli, CEO da PepsiCo América Latina.
A empresa estima que, até 2030, as práticas regenerativas sejam aplicadas em 10 milhões de acres (4 milhões de hectares) de suas cadeias agrícolas. No Brasil, a empresa vê na parceria uma oportunidade de ampliar o impacto positivo no campo.
“Nossa jornada por uma produção mais sustentável passa por uma parceria com os produtores rurais que nos fornecem tubérculos de alta qualidade e também com as características que precisamos para obtermos os chips mais crocantes e frescos do mercado”, afirmou Alex Carreteiro, presidente da PepsiCo Brasil e Cone Sul Alimentos.








